Gostaria de contar aqui a história de um cavalo de corridas que acompanhei desde seu auge até a situação em que se encontra atualmente, onde peço a atenção e ajuda de todos que gostem de animais tanto quanto nós que estamos tentando proporcionar uma aposentadoria digna para esse rapazinho!
La Tour St. Michelle é um cavalo da raça puro-sangue inglês, de 05 anos de idade que correu e brilhou nas pistas dos principais hipódromos do país. Era um belo animal de pelagem alazã quando chegou no hipódromo da Lagoinha, em Goiânia. Filho de pais campeões e sendo também um campeão das provas nas pistas de areia e grama, foi adquirido em um leilão por um preço nada razoável.
Mas como todo cavalo de esporte, sempre apresentou alguns problemas que com o tempo foram se tornando graves (como fortes dores na coluna e posteriores, incluindo cascos e jarretes). Foi posto à venda e parou de correr...só saía da baia para passear no cabresto e fazer a natação que a equipe veterinária havia recomendado. Até que um dia foi vendido. Seu antigo dono acreditou que agora esse cavalo tão dócil e gentil iria ter finalmente seu descanso merecido. Depois que foi embora não tive mais notícias dele, até que um dia eu e a protetora Patrícia Mohamad resolvemos ir até o local onde La Tour deveria ser alojado para saber notícias.
Confesso que fiquei deprimida. Inicialmente não quis vê-lo, mas acabei enfrentando a realidade. O belo animal musculoso, de pêlo brilhante, olhinhos alegres havia se transformado em um cavalo cabisbaixo, bastante magro (100 kg abaixo de seu peso normal), de pêlo fosco, cascos quebrados e podres, membros anteriores inchados e machucados com miíase (bicheiras), trombos nos vasos da face e jugulares...
O responsável pelo "pensionato" onde La Tour ficava disse que seu proprietário não pagava as despesas e não aparecia no local há três meses e que havia "cortado" totalmente a ração do cavalo; nos contou também que o proprietário montou o cavalo durante várias horas sem descanso, passeando inclusive até alguns bares de onde voltou com o cavalo dando sinais de acidose (endurecimento dos membros), edemas por todo o corpo, cascos sangrando (pois o animal ficava desferrado). Segundo o responsável pelo "pensionato", La Tour ficou aproximadamente 3 dias sem conseguir andar.
A protetora Patrícia decidiu, então ir até a DEMA (delegacia do meio-ambiente) daqui de Goiânia para fazer essa denúncia (a qual servi de testemunha) e levar o cavalo daquele lugar.Agentes da delegacia foram ver o animal e intimações foram enviadas. Exames de sangue e laudos veterinários estão sendo requisitados pela delegada a fim de serem anexados ao processo. La Tour está agora alojado e recebendo os cuidados adequados no Hipódromo da Lagoinha sob a tutela de sua protetora, a qual não pode doá-lo até que o juiz decida o que fazer a respeito.
O tratamento ficará extremamente caro, por isso estou aqui divulgando esse caso para pedir a ajuda de todos, para que essa triste história possa ter um final feliz ! La Tour pode ser visitado no hipódromo e se necessário podemos enviar os documentos que comprovam a veracidade desses fatos.
Ainda não me foi transmitido de que forma podemos receber as doações, mas para maiores informações falar com Patrícia: safirhas@yahoo.com.br ; (62) 9294-1847 .
Muitíssimo obrigada a todos!!!!
